segunda-feira, 23 de abril de 2012

MOQUECA PRÁTICA DE CAÇÃO

INGREDIENTES
1kg de peixe tipo cação em postas ou pedaços
Suco de 1 limão
1 suco de caldo de peixe esfarelado
1 cebola grande fatiada
1 pimentão verde médio fatiado
 1 pimentão vermelho grande fatiado
3 tomates fatiados
Sal a gosto
¼ de xícara (chá) de coentro picado
2 colheres (sopa) de azeite-de-dendê
1 vidro de leite de coco (200 ml)

PREPARO

Em uma panela grande, coloque o peixe, tempere com o suco de limão e caldo de peixe esfarelado. Por cima do peixe faça camadas de cebola, de pimentão verde, vermelho e de tomates. Tempere com sal e polvilhe com o coentro. Regue com o azeite-de-dendê e o leite de coco. Tampe a panela, leve ao fogo alto e cozinhe por 10 minutos, sem deixar queimar. Sirva em seguida acompanhada de arroz branco.

Ana Santana Ruibal

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Francesinha

A Francesinha é um prato típico e originário da cidade do Porto.
Há diferentes teorias sobre a origem do prato. Uma delas remonta-o ao contexto da Guerra Peninsular, afirmando que as tropas napoleónicas costumavam comer umas sandes de pão de forma, onde colocavam toda a espécie de carnes e muito queijo. Mais uma teoria, e mais actual, atribui a criação do prato a um emigrante português que, tendo trabalhado em França, ao retornar para Portugal, criou a francesinha como tentativa de fazer uma versão lusa do “croque-monsieur” à portuguesa.
Esta sanduiche é uma explosão calórica que é constituída por linguiça, salsicha, fresca, fiambre, carnes frias e bife, coberta com queijo. É guarnecida com um molho feito à base de tomate e cerveja. Costuma acompanhar-se com batatas fritas e ovos estrelados.
Existem diferentes variedades de francesinhas; com cogumelos, bacalhau, atum, vegetais... Desde as mais ligeiras e vegetarianas até às mais carregadas e calóricas.
A Francesinha é um petisco de culto em toda a zona norte do país, em particular no Porto. Não admira, pois, que tenham surgido ao longo dos tempos as inúmeras e diferentes variedades de francesinhas e as ideias criadas para as homenagear.
Exemplo disto é o festival da Francesinha para oferecer aos visitantes a possibilidade de degustar as diferentes especialidades delas, ao ritmo da música e animação.
Em Abril de 2011, o sítio web Aol Travel, considerou-a como uma das 10 melhores sanduíches do mundo, considerando que esta iguaria portuguesa, apesar do seu diminutivo, de “pequena tem muito pouco”.
Por tudo, animo-vos a as experimentar, mas, com certeza, com o estômago pronto ou com mais um comensal para a compartilhar.

Irmandade da Francesinha http://www.irmandadedafrancesinha.com/
1º Festival da Francesinha http://noticiasdegaia.wordpress.com/2011/07/04/
1%C2%BA-festival-da-francesinha/
Francesinha entre as melhores sandes do mundo http://www.jn.pt/PaginaInicial/
Sociedade/Interior.aspx?content_id=1837871&page=-1
Portuenses ilustres falam das melhores Francesinhas http://fugas.publico.pt/
RestaurantesEBares/284923_a-minha-francesinha-e-melhor-do-que-a-tua

Estefanía Lafuente

terça-feira, 13 de março de 2012

Viagem a Birmânia

A minha estadia em Birmânia está inserida numa viagem de vários meses a outros países da Ásia como o Tibete (China)ou Nepal feita há 9 anos. O último destino foi Birmânia com o tempo máximo de um mês, que é o permitido pela Junta Militar no poder -envolvida em grandes protestos internos e controvérsia internacional.
A primeira observação sobre a viagem seria salientar a dificuldade em conseguir vistos como viajante independente. Na Europa apenas existia uma embaixada deste país localizada em Paris; no meu caso tive que o conseguir na Embaixada de Kathmandu, capital do Nepal, passando uma entrevista pessoal ao vivo. É preciso ser muito cuidadoso e não dizer nada sobre nós que possa indicar que os nossos objetivos sejam jornalísticos ou políticos (se assim for).
Ao chegar ao país tive que cambiar uma quantia de dinheiro numa espécie de vales-dinheiro do governo para me poder movimentar no país (dinheiro posteriormente trocado no mercado negro). De facto é esta uma das maneiras como o governo trata de balançar um relativo boicote de divisas internacional.
Na capital Yangon reparei primeiramente no oásis -para mim- produto da pouca publicidade abafante em ocidente. Além disso, há uma mistura de arquitetura post colonial, budista, muçulmana... É possível observar uma grande comunidade proveniente da Índia, maioritariamente Punjabi.
Gostei muito das pessoas sempre com um sorriso na face e curiosidade por saber o que se passa lá fora. O país nesta altura não tinha Internet nem multibancos e apenas em contados lugares era possível ver as televisões estrangeiras via satélite. Era imposível telefonar para o exterior do país, e toda a música estrangeira (Beatles, Elvis, Sinatra, etc.) era traduzida na língua nacional.
Movimentar-se pelo país não é fácil. Pelo contrário, é muito muito dificultoso, estradas desfeitas, com áreas encerradas mesmo para o próprio governo. Trata-se neste caso de zonas de tráfico de ópio consentido pelo governo, ou guerras sendo a mais conhecida contra as etnias Karem e Shan. Há destinos que apenas e possível lá chegar de avião pela situação dos territórios intermédios.
Birmânia e um desses países que está muito fortemente influenciado culturalmente pelo budismo Theravada, filosofia-religião praticada amplamente no pais. Existe uma extensa rede de templos por todo o país; o mais importante está em Bagom, a norte de Yangom.
É muito difícil resumir tanta coisa que há para ver, mas gostei muito do Lago Inle por um acaso aberto às caminhadas pouco antes da minha chegada. Foi lá que tive contacto com as mulheres girafa. Foi impressionante mas muito triste, esta área, foi como uma viagem no tempo.
Algo que adorei um pouco por todo o país foram os seus céus, a alvorada e o pôr-do-sol: não por acaso a Birmânia é conhecida, desde a passagem de Marco Polo, no século XIII, como a "Terra Dourada" pelo especial da sua luz.
Apenas por mencionar alguns lugares interessantes estaria a pagoda de Shwedagom em Yangom, a cidade Mandaly -do meu ponto de vista uma das cidades mais interessantes de Ásia- os templos de Bagam, O monte Topa... Tive também a oportunidade de observar a desflorestação com elefantes das últimas selvas da muito cotizada Teka da Birmânia, perto da Vila Hsipaw, e tenho de dizer que fiquei impactado e ainda mais sabendo que a madeira ia, após passar pela China, às casas mas requintadas de ocidente.
Gostei muito da gastronomia, adoro a comida asiática mas a de Birmânia junto com a thailandesa são para mim das melhores deste continente.
Gostaria que este escrito desse para despertar a curiosidade por este país que vive com enormes contradições, e que por bons e maus motivos é algo assim como Thailandia cem anos atrás.
Em breve chegará o DVD o filme “the Lady” sobre a vida da opositora Aum Su Ky, que mostra um bocadinho -ainda que focado muito na vida desta grande personalidade- do que se passa com este fascinante país em grande medida fechado para o resto mundo.

Manuel López Rodríguez

segunda-feira, 12 de março de 2012

O Tai Chi

O Tai chi é uma arte marcial interna chinesa, que é reconhecida também como uma forma de meditação em movimento.

Os princípios filosóficos do tai chi baseiam-se no taoísmo e a alquimia chinesa, sendo as principais referências o yin e yang, os cinco elementos, os oito Trigramas, o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi.

A sua aplicação como arte marcial acontece através do uso de movimentos circulares e contínuos que acompanham e complementam os movimentos do adversário de um modo similar ao ilustrado pelo símbolo do tai chi.

O tai chi tem suas raízes na China, sendo atualmente uma arte praticada en todo o mundo. É apreciado no ocidente especialmente pela sua relação com a meditação e com a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referência de tranquilidade e equilíbrio.

Os diferentes aspectos que acompanhan a prática do Tai Chi são:

- A auto defesa;

- O treinamento para a saúde com a melhora das capacidades condicionais e físicas

- O equilíbrio dos aspectos fisícos, emocionais, mentais e espirituais

Os criadores do tai chi basearam a sua arte na observação da natureza - não apenas na observação dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais. De facto, os movimentos imitam os diferentes elementos da própria natureza, como a água, o vento, os animais…

Em Vigo a divulgação da prática do tai chi teve o seu início na década de 1970 e na atualidade as aulas máis confiáveis são as do ginásio FIT SPORT, onde se encontra o responsável Galego de Tai Chi. Hoje em dia, diversos alunos desse centro desportivo têm se destacado nos encontros Nacionais e internacionais, além disso, esses alunos são campeões de Espanha e subcampeões da Europa.

Pablo Del Río

domingo, 11 de março de 2012

Algumas dicas para a pronúncia

Para aprendermos qualquer língua, o primeiro que devemos fazer é tirar o medo. É obvio que vamos ter erros, mas isso faz parte da aprendizagem.

Também é bom juntar-se a algum grupo de falantes da língua. Isso faz com que o ouvido ganhe costume.

Normalmente, nas outras línguas costuma haver sons que não conhecemos ou que não temos na nossa memória. Neste caso, é muito útil procurar sons similares da nossa língua materna e, daí, aproximar-nos do som da outra língua.

Eu tive que aprender português porque estava a trabalhar numa loja em Braga, a atender clientes. Portanto, não tinha outra hipótese. O mais difícil para mim foram as vogais fechadas e o fonema LH que, à partida, não está na nossa língua... ou sim?

Para as vogais fechadas, tomei como referência o Inglês, que tem esse tipo de sons e já me eram conhecidos. Devo reconhecer que os meus colegas bracarenses me ajudaram imenso, corrigindo os meus erros.

Para o som do LH, que foi o que mais dificuldades me deu, procurei na própria língua espanhola e encontrei o fonema em expressões que utilizamos a diário: “al llover”, “al llegar”, “el yate”, etc. Depois disso, só tive que estabelecer a relação. Nunca mais tive dificuldades com esse som.

Para as vogais mudas, é muito útil imitar o som que fazem as pessoas surdas. É um som gutural que não corresponde a nenhuma vogal. Obviamente, nós temos uma vantagem muito importante sobre essas pessoas, na hora de aprendermos um son.

Nestes casos é muito importante repetirmos o mesmo som até conseguirmos fazer correctamente. Depois dumas dezenas de vezes a repetir o mesmo som, sairá como algo natural.

Luís Rodríguez Rodal

quinta-feira, 8 de março de 2012

AS CAVES DO PORTO

Está a pensar fazer uma visita ao Porto? Uma boa ideia para passar o dia é conhecer as caves de Vila Nova de Gaia, onde estão armazenadas as garrafas de vinho do Porto. Mesmo se a pessoa não gosta ou não é perita em vinhos, as caves constituem toda uma visita cultural.

Podemos encontrar inúmeras caves em Vila Nova de Gaia, e o bilhete custa entre 3 e 5 euros (para a visita normal) que inclui a prova de dois ou três vinhos do Porto. A visita é guiada através das caves e permitem ver as garrafas e os balseiros onde o vinho envelhece. O vinho do Porto é criado a 100 km da cidade do Porto, na beira do rio Douro. A zona caracteriza-se pelo clima extremo: temperaturas baixas no inverno e altas (por volta de 35-40 graus) no verão. A doçura, principal propriedade do vinho do Porto, é a consequência da adição de aguardente neutra, que trava a fermentaçao da uva. Cada vinho do Porto contém um quinto de aguardente.

Há três tipos de vinho do Porto:
1.Vinho Branco: feito de uva branca, são vinhos jovens que amadurecem nos balseiros por volta de um ano. É o único vinho do Porto que se serve frio. É ideal tanto para aperitivos como sobremesas.
2.Ruby: feito de uva tinta, amadurecem em grandes balseiros. A principal diferença com os vinhos Tawni, é a sua baixa oxidação. São vinhos que se tomam a temperatura ambiente (por volta dos 12-15 graus) e acompanham bem as sobremesas pela sua doçura. O seu nome, Ruby, procede da cor que recebe através do seu amadurecimento nos balseiros.
3.Tawny: feito da mesma uva que o vinho Ruby, podemos destacar o seu amadurecimento en pequenas pipas de 550 litros, após passar 2-3 ano em balseiros. As pipas fazem com que o vinho se torne mais escuro do que o Ruby quando envelhece. O seu sabor é de frutos secos e é perfeito para as sobremesas. Serve-se a temperatura ambiente.

Além disso, existem outras classificações para o vinho do Porto:
Vinho Vintage: São vinhos de anos que, devido às condições do clima, são certificados pelo Instituto do Vinho do Porto como “excepcionais” para a produção de vinho de Porto. Estes vinhos experimentam un processo de envelhecimento excepcional: primero em balseiros, e depois, em garrafas. São o único vinho do Porto que envelhece em garrafas e pode ficar anos assim.
Vinhos Reserva: são vinhos tanto de uva branca como tinta. É produzido a partir de uvas de anos de muita qualidade. Após envelhecer em madeira sete anos, são depois engarrafados para serem consumidos em breve.

A seguir, algumas caves onde podem fazer uma visita: Calem, Sandema, Rozès...(www.cavesvinhodoporto.com), que ficam em Vila Nova de Gaia. Se gostam do vinho do Porto podem acrescentar informação nos seguintes sites:
Instituto do Vinho do Porto: www.ivdp.pt
Rota do Vinho do Porto: www.rvp.pt

Karina Casas Gil

quinta-feira, 1 de março de 2012

Fotografia Noturna

A fotografia noturna é, sem dúvida, a mais difícil, mas também é a mais gratificante. À partida, temos que conhecer bem a nossa máquina, para podermos tirar partido dela. Devemos desligar os modos automáticos e o flash.
Os dois conceitos mais importantes para a fotografia noturna são a apertura do diafragma e o tempo de exposição, e há que os combinar acertadamente. Um excesso de luz na fotografia dá em que fique “sobre-exposta”. Uma falta de luz faz com que a fotografia fique demasiado escura. A maior apertura, mais luz recebe a célula, portanto a fotografia fica mais clara. Mais tempo de exposição também dá em que a fotografia fique mais clara.
Numa fotografia diurna, o tempo de exposição costuma ser de 1/200seg. Para uma fotografia noturna isso é claramente insuficiente. Se fizermos uma fotografia noturna com uma exposição tão curta, ficaria escura e provavelmente não se veria a imagem. Portanto, é necessário abrir o diafragma e prolongar o tempo de exposição. Obviamente, neste caso é imprescindível o tripé. Com tanto tempo de exposição, é muito fácil movermos a máquina e o menor movimento dá em que a fotografia fique borrenta. Também é importante utilizar um disparador externo ou o disparo diferido, porque no momento de carregar no botão do obturador a máquina é movida. A vantagem do disparador externo é que nós vamos decidir o momento exato do disparo, enquanto que com o disparo diferido podemos não acertar com o momento. Uma mesma imagem pode variar sensivelmente segundo a apertura do diafragma e o tempo de exposição. Normalmente, o tempo mínimo para uma boa fotografia noturna é de um segundo de exposição, se houver alguma luz. O diafragma pode ser aberto total ou parcialmente. Disso também vai depender o resultado da fotografia tirada.
Para resumir, numa fotografia noturna é importante conhecer a máquina, um bom tripé e um disparador externo. O primeiro passo é colocar a máquina no tripé e verificar que o ângulo é o desejado. Depois, segundo a luz do momento, vamos determinar a apertura do diafragma (ISO) e o tempo de exposição. Uma das grandes vantagens da fotografia digital é que permite tirar várias fotografias do mesmo objecto sem significar um custo acrescentado. É um facto assumido que para aprender a tirar fotografias há que tirar fotografias. Portanto, podemos colocar o tripé e tirar várias fotografias modificando parámetros, até encontrarmos o ponto certo. Depois de algumas fotografias mal tiradas, saberemos fazer uma boa sem termos que experimentar antes.
Para tirar uma boa fotografia, independentemente da hora do dia, é muito importante a lente. É quem faz realmente a fotografia. Uma boa máquina com uma má lente, faz uma má fotografia. Uma máquina medíocre com uma boa lente pode tirar uma fotografia espetacular.

Luis Rodríguez Rodal