quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CAVALAS AO FORNO


(Fácil e económica)

INGREDIENTES (Para 2 pessoas)
-2 cavalas médias, frescas, abertas e salgadas a gosto
-azeite, por volta de 3 colheres de sopa
-4 dentes de alho inteiros e descascados
-1 limão para sumo
-4 batatas médias descascadas
-1/2 copo de vinho branco verde
-salsa
-1 folha de louro (se gostar)
-sal q.b.


PREPARO

Num tabuleiro de forno deita-se o azeite e molha-se o fundo, colocam-se as batatas cortadas em rodelas molhadas em azeite e salgadas, os alhos e o louro e leva-se ao forno 45´ a 160º.
Depois colocam-se as cavalas acima das batatas, regam-se com o sumo do limão e quando passarem 30´deita-se o vinho, aguarda-se 15´e estão prontas para servir. Acompanhem-se de broa e vinho Dão (prescindível).


Bom apetite!


(Receita do Vicenzo)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Entrevista ao escritor timorense Luís Cardoso


-Sempre quis ser escritor? Gosta que os críticos se refiram a si como porta-voz da literatura timorense?
Não. Sempre gostei de escrever. Colocaram-me na testa o estatuto de escritor quando as críticas literárias começaram a aparecer de uma maneira positiva com o primeiro livro.

- Porque os seus livros têm sempre a ver com Timor?
Porque neste momento ainda tenho muito para falar sobre Timor. Matéria prima não me falta. Talvez um dia me apeteça falar de outra gente, outra terra. 

-De que coisas tem saudade de Timor?
Da minha infância.

-Poderiam ser os seus livros sejam uma maneira “amável “ de conhecer a história do seu país? Sente-se um pouco historiador da sua pátria?
Não, eu faço ficção. Obviamente arranjo enredos que tenham a ver com a história de Timor.

-Quais são os seus próximos projectos?
Em Julho faço a apresentação do meu último livro em Timor. Preparo-me para esse evento. É a primeira vez que sou convidado pela Secretaria de Estado de Artes e Cultura de Timor-Leste a fazer a apresentação do livro em Timor. Depois dar início ao novo livro que tenho na minha cabeça.

-O que significa para o Luís Cardoso que o seu livro Crónica de uma Travessia seja considerado o primeiro romance timorense?
Nada. Aconteceu apenas por uma questão de oportunidade. Ser o primeiro ou o último não interessa. Foi apenas uma questão de tempo.

-Sendo poliglota, nunca pensou em escrever em outra língua que não fosse o português?
O português é a minha língua de escrita. Aprendi a escrever nessa língua. É nessa língua que me sinto bem quando escrevo. Mas todo o meu imaginário encontra-se em língua tétum. 

-Como é possível que a religião católica coexista com a tradição mágica em Timor sem evocar conflitos?
Os timorenses são essencialmente religiosos e supersticiosos. Creio que no início teve algum conflito dado que a disseminação do cristianismo foi feita a par da colonização. Mas depois os timorenses assimilaram-no sem problemas por motivos que prendem com o facto dos missionários terem tido uma atitude diferente das autoridades administrativas. Abriram escolas em sítios remotos para filhos de nativos.

-Poderia emitir uma opinião sobre o Acordo Ortográfico, que pretende unificar algumas normas ortográficas e gramaticais para os países de língua oficial portuguesa?
O acordo ortográfico é necessário para a uniformização da escrita em língua portuguesa. Mas isso não impede que cada povo a reinvente à medida da sua própria cultura e identidade.

-Gostaria de deixar alguma mensagem para os alunos da EOI?
Não tenho nenhuma mensagem especial senão um grande abraço por me terem recebido sempre com gentileza de todas as vezes em que aí estive como convidado.

-Dentre as suas diversas leituras, poderia dizer que foi influenciado por algum ou alguns autores em particular?
Todos os escritores e todos os livros me influenciaram. Mesmo os maus livros. Se existe um livro que eu gostaria de ter escrito? Certamente a Bíblia. No princípio era o verbo...  
Pesquisa e entrevista por:

Ana Balado, Patrícia Mata, Sabela Morais, Montserrat Natividad, Rosa Rodríguez, María Rodríguez, Nuria Lago (Nível Intermédio)

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PONTE DE LIMA: A Vila mais antiga e florida de Portugal



Eu proponho uma visita a Ponte de Lima, a vila mais antiga e florida de Portugal, no coração do Vale do Lima e paso obrigado no Caminho Português a Santiago.

Uma Vila (pois não quis ser cidade) óptima para pasar um dia agradável , respirando história, cultura, arte, tradições, ambiente….

Podemos dedicar a manhã a dar um passeio pelas ruas, entre imponentes fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas. E visitar os teatros, os  museus, e muitos mais edifícios que guardam a enorme cultura que nos oferece a vila em qualquer recanto. 

Temos de atravessar o rio pela ponte que deu nome à vila. Da primitiva, construída pelos romanos, resta um troço na margem direita do Lima. E parar um minuto para desfrutar da vista para o rio da ponte, e as suas águas transparentes, tranquilas no seu percurso pela vila.

E como a gastronomía também é importante,  convido-vos a provar um saboroso arroz de sarrabulho ou um bacalhau de cebolada acompanhado de um vinho verde para recuperar as forças.

O respeito pelo ambiente em Ponte de Lima complementa-se com a sua beleza natural. Assim, na vila e arredores existe um conjunto notável  de jardins que convidam aos passeios e a um descanso relaxante.  À tarde, no parque temático do Arnado, quatro jardins conduzem-nos pela história da arte dos jardins: O jardim Romano, o Labirinto, o Renascença e o Barroco. Ainda na margen direita, os campos do Arnado são mais um aprazível e ajardinado local para os amantes dos espaços verdes, com  um fácil acceso às àguas frescas do rio. 

Na margem esquerda, a avenida dos Plátanos, o Jardim dos Terceiros e o Parque da Guia obrigam a uma nova paragem. E ainda mesmo no centro da vila encontramos muitos mais recantos verdes para o lazer e o descanso.

Por último, de referir ainda que, recentemente, no âmbito do Prémio Europeu de Turismo e Ambiente, o concelho de Ponte de Lima foi incluído na lista dos oito melhores destinos europeus.  Têm de descobrir .

Ana Elena Blanco Montero, Básico Integrado

quarta-feira, 29 de maio de 2013

UM DOMINGO EM BELÉM



O bairro de Belém fica em Lisboa, em frente ao rio Tejo. É uma parte da cidade cheia de monumentos e com muita atividade cultural. É bom visita-lo um domingo de manhã já que a entrada é livre até às 14h00 em muitos dos locais a visitar (Torre de Belém, Claustro do Mosteiro, Museu da MarinhaMuseu de Arqueologia, Museu da Presidência da República, Museo dos Coches).

A visita começa o domingo às 9h30 na paragem do elétrico em Cais de Sodré (final da linha verde do metropolitano), para apanhar o elétrico número 15E. Durante a viagem podemos disfrutar da paisagem, especialmente ao passar por baixo da Ponte Vinte e Cinco de Abril, mas também não devemos esquecer ficar atentos aos carteiristas. Em mais ou menos meia hora chegamos ao Largo Princesa, o nosso destino.

O primeiro local que visitamos é a Torre de Belém, classificada “Património Cultural de toda a Humanidade” pela UNESCO. De estilo manuelino, trata-se duma fortificação do século XVI construída como porta da cidade para defender o porto de Lisboa. 


 
Perto da Torre de Belém podemos visitar o monumento dedicado aos mortos da Guerra Civil.

Continuamos o nosso percorrido pela beira do rio até o Padrão dos Descobrimentos, monumento construído en 1960 em forma de navío, no que podemos ver as figuras das personagens mais importantes que participaram nos descobrimentos portugueses. No interior tem sala de exposições e no topo há um miradouro (bilhete 3,00 €) que nos permite contemplar uma fantástica vista do rio e do bairro. Aos pés do monumento, vê-se uma rosa dos ventos e, no seu centro, um mapa mundi com os anos de chegada das expedições portuguesas.




Utilizamos a passagem subterrânea para chegar à Praça do Império. À esquerda da praça, visitamos o Centro Cutural de Belém e o Museu Coleção Berardo, de arte moderna (entrada gratuita). A esplanada do restaurante é o lugar ideal para tomar uma refeição ligeira com vistas sobre o rio Tejo.





Após o almoço, visitamos o Mosteiro dos Jerônimos, classificado “Património Cultural de toda a Humanidade” pela UNESCO. Construído no século XVI, é uma das obras fundamentais do estilo manuelino. Destacam a igrexa, o claustro e o refeitório, salão revestido de azulejos. No mosteiro estão sepultados portugueses famosos como Vasco da Gama, Luís de Camões e Fernando Pessoa.




Se ainda é relativamente cedo, vale a pena visitar o Planetário Calouste Gulbenkian (bilhete 4,00 €), o Museu da Marinha e o Museu de Arqueologia.

Caminhamos pela rua de Belém até o número 90, onde fazemos uma paragem obrigatória na Antiga Confeitaria de Belém (1837) para tomar um café nas suas salas decoradas com azulejos e experimentar os deliciosos pastéis de Belém polvilhados de canela e açucar em pó.

Continuamos seguindo pela rua de Belém até o Museu da Presidência da República. Aqui encontramos informações que explicam o papel dos presidentes e a origem de alguns dos símbolos nacionais. Aos sábados também é possível visitar o Palácio de Belém e os Jardins do Palácio, a actual residência oficial do presidente da república.

Seguimos sempre em frente, e na esquina com a Calçada da Ajuda fica o Museu Nacional dos Coches, que reúne uma coleção singular de coches, berlindas e carruagens reais.

Para finalizar a nossa visita pela zona podemos passear pelos seus jardins.

De regresso ao centro da cidade, podemos fazer uma última paragem na rua das Janelas Verdes 96, para jantar no restaurante Picanha e experimentar uma refeição típica brasileira com picanha acompanhada de feijão, arroz, batata assada, salada e molhos vários.

https://maps.google.es/maps/ms?msid=212486543291064445824.0004ddb71207f14abdce7&msa=0&ll=38.695174,-9.207079&spn=0.010132,0.021136&source=gplus-ogsb

Eva da Cruz Fachado


TARTE DE QUEIJO


Ingredientes:
½ litro de leite
½ litro de natas
¾ copo de açúcar
2 carteiras de coalhada
1 pacote de queijo cremoso (Philadelphia)
1 pacote de bolachas tostadas
1 garrafa de caramelo líquido
Preparo:
Preparamos a forma para bolos cobrindo o fundo e os lados com o caramelo líquido.
Depois, juntamos num tacho o leite, as natas, o açúcar, a coalhada e o queijo cremoso. Levamos a mistura ao lume (lume brando). Enquanto isso, passamos com a varinha mágica até ferver.
A seguir, recheamos a forma com a mistura e a cobrimos com as bolachas. Deixamos arrefecer um pouco a temperatura ambiente e depois o deixamos solidificar no frigorífico pelo menos umas 4 horas.
Tiramos a forma dando-lhe a volta e já está pronta para servir.


Eva da Cruz Fachado, Básico Integrado (A2)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Saquinhos de massa brick com tâmaras e queijo


Ingredientes:

Folhas de massa brick
Queijo de cabra
Tâmaras
Cebolinho


Preparo:

Preaquecemos o forno a 180ºC.
 
Abrimos as tâmaras e tiramos o caroço. Cortamos o queijo e as tâmaras em cubos pequenos e misturamos tudo num recipiente. Em cada folha colocamos uma colherada da mistura no centro. Fechamos os saquinhos com cebolinho fresco, formando uma trouxa. Vai ao forno durante 10 minutos. Servimos quente.

Areta Bolado, Básico Integrado

Um dia em Sintra


Sintra é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa. Existe todo um património litetrário que transformou esta Sintra numa referência quase lendária.

Podemos encontrar em Sintra testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa e, não raro, com uma dimensão que chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste território.

Também de uma plêiade de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes: de igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta numa plêiade de vestígios arqueológicos que apontam para ocupações várias vezes milenárias.


Como chegarem

Se queremos ires de Lisboa podemos apanhar um comboio urbano a linha Azhambuja-Lisboa-Sintra , Á comboios cada pouco tempo 35 minutos. Na ultima estação é onde temos que descer.

Na salida da estação de comboios á padarias onde podemos recuperar a força com doces típicos

Que Visitar

Na saída da estação dos comboios podemos apanhar uma linha de comboio com percurso circular que nos leva ao Castelo dos Mouros e ao Palacio da Pena.

Castelo dos mouros

O Castelo dos mouros é um castelo medieval. O monumento apresenta uma planta orgânica (adaptada ao terreno) cerca de 450 metros de perímetro e 12.000 m² de área. As suas muralhas são constituídas por uma cintura dupla, exterior e interior. A Leste ainda são visíveis troços da muralha exterior, onde se localiza a porta em rodízio de acesso ao recinto. Além das muralhas ameadas, torres e adarves, o conjunto é completado por diversas rampas e escadarias de acesso.
A muralha apresenta cinco torres; A torre na cota mais elevada do terreno, conhecida também por Torre Real, é acedida através de uma escadaria de 500 degraus.
No interior do castelo, próximo ao Portão de Armas, ergue-se uma igreja devotada a São Pedro. É de estilo românico, de pequenas dimensões.

Há que comprar bilhete, os preços são:

ÉPOCA ALTA 2013.CASTELO DOS MOUROS. excelente vista sobre a serra e o mar

CRIANCA. até 5 anos.gratuito
JOVEM. até 17 anos.6 euros
ADULTO. até 64 anos.7 euros
SÉNIOR. 6,5 euros
LISBOA CARD 5 euros

FAMÍLIA (2 adultos e 2 jovens).25 euros
Dica: se vai visitar tambem o Palácio da Pena, a Monserrate ou os Capuchos era bom comprar um bilhete combinado
Dica: se vai visitar também o Palácio da Pena pode apanhar um autocarro no castelo para ir até lá.



COMBINADOS. bilhetes combinados com redução de preços (válido por 30 dias)

PENA + MOUROS ou MONSERRATE ou CAPUCHOS .17 euros| Família54 euros

PENA + PALÁCIO DE SINTRA.2
1euros| Familia66 euros

PENA + PALÁCIO DE SINTRA + MOUROS.25euros| Família 81 euros

PAISAGEM CULTURAL DE SINTRA.
32 euros| Familia 114 euros
Pena + Palácio de Sintra + Mouros + Monserrate + Capuchos




Palacio da pena


Representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete maravilhas de Portugal.

Dica: É recomendável levar roupas confortáveis e também sapatos confortáveis. Não é recomendável ir com sapatos de salto alto.
Dica: A visita aos Jardins é indispensável, são maravilhosos.
Ao finalizar a visita, apanhamos o mesmo autocarro de percurso circular e voltamos ao centro de Sintra.
No centro podemos procurar um restaurante para almorçar. Um restaurante muito agradável é o restaurante Alcobaça. Está localizado na parte antiga da cidade. Também está decorado como se fosse uma caverna com estalactites. A comida é muito boa e o tratamento é requintado.

Depois do almoçco podemos visitar o Palacio de Monserrate


Palacio de Monserrate




É um exemplar sugestivo do Romantismo português, ao lado de outros palácios na região, como o Palácio da Pena.

A história deste Palácio é curiosa: Em 1856, a quinta foi adquirida por Sir Francis Cook, um milionário inglês ligado ao comércio. Dois anos depois, Sir Francis Cook trouxe para Sintra, com o objetivo de recuperar a quinta, o arquiteto James Knowles Jr., que se rodeou ainda de três homens talentosos: William Stockdale – paisagista, Francis Burt – jardineiro, e William Nevil – botânico.

Estes homens, inspirando-se nos ideais do Romantismo, criaram jardins mágicos, cheios de surpresas tais como clareiras, relvados, bosques e vegetação exuberante trazida dos mais variados lugares do mundo, num total de mais de mil espécies conjugadas sabiamente.

Em Sintra há muitos lugares interessantes para ver, mas para um dia de visita estes são os mais representativos da cidade.



Outros monumentos interessantes para visitar
Museo do brinquedo
Quinta da Regaleira


Dica geral: vestir roupas confortáveis, sapatos confortáveis, querer passar um dia de caminhada. Também é recomedável, se está a visitar a Lisboa, comprar a Lisboa Card já que assim terá descontos nas visitas aos monumentos de mas importância, assim como no transporte público.

O poeta romântico Lord Byron descreveu Sintra para a sua mãe, numa carta, com estas palavras:
"Sintra pode ser o lugar mais charmoso da Europa em todos os aspectos; contém belezas de todos os tipos, naturais e artificiais Há palácios e jardins que se erguem em meio a rochas, catarata e precipícios, conventos formidáveis sobre picos, vista para o mar e para o rio na distância ... Ele traz consigo toda a imensidão da Escócia e da vegetação do sul da França “.


Viviana Lage, Básico Integrado

Visita a Ponte de Lima

Podíamos dar um Passeio.

Preve-se um bom tempo para este fim de semana , e queria fazer um convite aos meus

colegas , para ir a Ponte de Lima . Um lugar onde podemos tomar um banho no rio,

podemos fazer um piquenique, visitar os locais históricos, passear pela ponte, visitar as feiras

do domingo, fazer compras... Podemos combinar para sair da minha casa às 09:00 horas , de

autocarro, ou podemos sair de Comboio; mas não gosto do Comboio, prefiro ir de autocarro.

Podemos levar lanche, refrigerante e alguma otra coisa que queiram levar .

Si algém não pode ir, deve ter dito antes do sábade. Eu sei que a Susana não pode porque tem

um exame na segunda .Queria alguma sugestão para este convite , pois não sei se estará tudo

bem.

Román, Básico Integrado


Visita a Lisboa


Começaremos a nossa visita no bairro da Graça. Iremos ao seu miradouro desde onde poderemos observar toda a cidade. Lá falaremos dos locais que vamos visitar durante o dia. Depois, apanharemos o elétrico até Alfama para admirar o miradouro Jardim Júlio de Castilho e a seguir subiremos ao Castelo de São Jorge. Tomaremos o almoço no Castelo, maravilhados pelas grandes vistas que nos oferece da cidade. Depois de almoçar apanharemos o elétrico até ao centro de Lisboa.

À tarde visitaremos a Praça do Comércio, antes principal entrada marítima da cidade, onde podemos observar a estatua do Rei José, rei de Portugal na altura do terramoto de 1755, e o arco que conduz à Rua Augusta, cheia de lojas. Caminharemos até a Praça de D. Pedro IV, conhecida como a Praça do Rossio, onde visitaremos a igreja de São Domingos que ardeu em 1959 e reabriu ao público em 1994 sem esconder as marcas do incéndio. Também admiraremos a beleza do Teatro Nacional D. Maria II e a Estação do Rossio. Seria recomendável visitar a Casa do Alentejo que destaca pela sua arquitetura; já que foi um Palácio que pertenceu à família Paes de Amaral e também um dos primeiros casinos da cidade.

Já no fim da tarde passearemos até à Praça dos Restauradores, onde poderemos ver a maravilhosa arquitetura dos edifícios circundantes, para apanhar o elevador da Glória que nos leva ao Bairro Alto. Ao chegar ao cimo, observaremos as formosas vistas do centro de Lisboa a partir do Miradouro de São Pedro Alcântara.

Por último iremos pela rua da Misericórdia até à Tasca do Chico, uma casa de Fados onde poderemos jantar e ouvir o antigo fado, assim como as novas expressões do mesmo, rematando a nossa visita a esta cidade maravilhosa num ambiente quase mágico.




Leticia Rodríguez Pais - Básico Integrado

domingo, 19 de maio de 2013

Descobrir a cidade do Porto

Vamos a fazer uma viagem para descobrir a cidade de Porto.
Primeiro faremos uma visita pelo centro histórico, que foi classificado pela UNESCO como património histórico da humanidade em 1996.

Depois visitaremos a Torre dos Clérigos. É uma torre sineira parte da Igreja dos clérigos construída entre 1754 e 1763, a partir de um projecto de Nicolau Nasoni.

A torre foi a última construção do
conjunto dos Clérigos, dos quais fazem parte a igreja e uma enfermaria. Está decorada segundo o estilo barroco, com esculturas de santos, bem acentuadas. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 240 degraus e além disso a altura da sua construção, foi o edifício mais alto de Portugal. O que chama a atenção é que no alto da torre podemos ver o centro da cidade do Porto.

Também não podemos deixar de visitar a fundação de Serralves que está localizada no Parque de Serralves (que tem 3,5 hectares e vestígios de um jardim do
século XIX) onde está instalado o Museu de Arte Contemporânea (inaugurado em 1999), que apresenta obras de arte de vários artistas contemporâneos. São, também, expostas, ao lado da flora típica do norte de Portugal. A colecção do museu é essencialmente constituída por obras realizadas desde finais da década de 60 até aos dias de hoje.

Logo faremos um recorrido pela Foz, já que é uma zona altamente turística e considerada por muitos a mais bela zona da cidade, porque é possível conjugar a beleza do Oceano Atlântico com um romântico passeio marítimo.

Mais tarde faremos uma turné pelo Mercado do Bolhão (um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, as suas origens remontam a 1839) que conta com uma estrutura própria da arquitectura neoclássica e é famoso pelos seus vendedores que se distribuem por dois pisos do local.

Neste local conseguem-se produtos frescos, sobretudo alimentares. Os vendedores estão divididos em diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos, hortícolas e florais. Na parte exterior do edifício existem lojas de outras variedades, como vestuário, cafetaria, perfumarias, etc.

Para acabar o dia de passeio pela cidade do Porto, aproveitaremos para ir desfrutar do jogo de mais rivalidade do futebol português: FC Porto vs Benfica. Estas duas equipas são as mais laureadas no futebol luso com duas taças dos campeões da Europa cada um. Jogam no Estadio do FC Porto, chamado "Dragão", construído para ser sede de alguns jogos do Campeonato Europeu de Futebol de 2004 e com capacidade para 50 mil espetadores.

Agora, o benfica tem uma vantagem de dois pontos sobre o Porto no campeonato e faltam dois jogos para acabar. Por isto se espera que o jogo seja de máxima intensidade e que a equipa local saia à relva desde o início com a firme intenção de anotar um golo e ganhar

René Solla, Básico Integrado
 

Excursão equestre ao Couto Misto (rota do contrabando)



Duração da actividade: 10 horas (de 09:00 a 19:00)

Horas a cavalo: 4

Grau de dificuldade: baixo

Distancia total: 15 Km.

Esta excursão fez a ligação entre as duas aldeias raianas Tourém e Randim, antigo Couto Misto, por onde se fez, até meados dos anos 70, o contrabando de produtos essenciais às populações. O percurso atravessa uma paisagem singular marcada por caminhos murados, campos de cultivo e carvalhais centenários, para além de permitir o contacto com os usos e costumes das gentes que ainda ali habitam. As atividades propostas ao longo da jornada desenvolvem-se em torno à peculiar história destes territórios.

Às nove e meia da manhã partiremos do ponto de encontro (centro hípico da freguesía de Tourém) para fazer o primeiro trecho a cavalo até ao pólo do eco-museu do Barroso, centro interpretativo do património natural. Depois da visita continuaremos o percurso até à capela de São Lourenço, datada do século XVI, fazendo fronteira com terras galegas.
Às onze e meia (traga um pequeno lanche) visitaremos a cavalo vários pontos de interesse paisagística e histórica pela chamada "raia seca" com um breve ascenso de montanha de dificuldade média.
Às treze e trinta dirigir-nos-emos ao povo de Randím, onde temos preparado o almoço no Restaurante "casa Pepe". No que diz respeito ao almoço, opta-se por refeições que se traduzam em boas experiências gastronómicas, suportadas nos produtos regionais mas com uma preocupação de assegurar uma alimentação equilibrada e saudável. Além disso, e olhando pelo bem estar dos animais, o estabelecimento de restauração também proporciona as melhores condições de apoio ao cavalo, com padok, local de amarração e a possibilidade de fornecer rações e feno.

Depois do almoço, por volta das catorze e trinta, um historiador fará uma introdução à história do Couto Misto para, em seguida, guiar as visitas a cavalo no interior da antiga república independente e o acesso aos principais pontos de interesse.

Ás dezoito horas voltaremos à aldeia de Tourém onde tomaremos um pequeno lanche e faremos um brinde na memória da concórdia e o espírito de liberdade das gentes que habitaram o Couto Misto nos séculos passados.


Segurança e recomendações:

* Fornecer-se-á aos participantes de uma guia de boas práticas e conduta de circulação.
**O centro equestre tem um apólice de seguro que permite a cobertura dos cavaleiros durante o período de tempo que dura o serviço.
***É importante equipar-se com vestuário apropriado, calçado desportivo ou botas de pele, camisola confortável e adequada à época do ano, toque e calças de montar.

S.C., Básico Integrado

ESCAPADA DE UM DIA AO PORTO


Só precisamos roupa e calçado cómodo. Um saco ligeiro com o telemóvel, máquina fotográfica, guardanapos, óculos de sol e carteira.
Apanhamos o comboio na estação de Guixar en Vigo por volta das nove da manhâ. No balcão apanhamos bilhete de ida e volta.
Perto das 11 horas é a chegada à estação de São Bento no Porto. Causa admiração e surpreende a visão das paredes com azulejos de Alcobaça representando feitos heroicos, batalhas entre um rei espanhol e um nobre português. Outros quadros representam a vida agrícola.
Ao sair à esquerda vamos subir uma rua um pouco empinada até chegar à Sé. No adro surpreende a visão do rio Douro e as duas ribeiras. A frente, Vilanova de Gaia e as caves do vinho de Porto.
Passamos pela ponte de Luiz 1. Vamos visitar a famosa cave de Calem que com o nome da cidade deu o topónimo da nação Porto-calem---Portugal.
Pronto, está na hora de provar o famoso vinho e comprar.
Depois há restaurantes agradáveis onde fazer o almoço, e a digestão num barco rabelo a motor pelo rio Douro percorrendo as cinco ou seis pontes que o atravessam.
Descemos na outra ribeira e passeamos até chegar à rua do Carmo, lá na livraria Lello perderemos o tempo sem dar por nada. Voltamos de passeio pela rua de Santa Catarina.
Tomaremos um café e um doce na Brasileira.
Voltamos à estação do comboio passando à frente da Câmara Municipal.
Às vinte horas apanhamos o comboio para Vigo .
Até breve, Porto.

Carmen Rodríguez Pérez

Uma viagem pelo rio Douro


Trata-se de uma viagem Douro-acima, num barco rabelo, adequado para fazer turismo.
Tem 35 lugares e conta com serviço de refeições.
É necessário fazer a reserva com uma semana de antecedência.

Programa
Saída de Vigo em camioneta às 8 hora local.
Chegada ao Porto por volta das 9,30 hora local e embarque no cais do Douro nº 5, no Barco Douro Feliz
Às 10 horas começa a remontada do rio e passa-se por baixo das cinco pontes do Porto
Às dez e trinta, é servido o pequeno-almoço: Leite, café, bolachas, manteiga e pão quente.
A navegação é lenta. Não é permitida muita velocidade no rio. A paisagem é muito interessante, há arvoredos e casas residenciais entre relvados. Há boias de demarcacão do canal de navegação que estão cheias de pássaros a tomar o sol.
Às 11 horas é servido um vinho do Porto para aquecer o pessoal.
Dali a pouco tempo, o barco chega à primeira barragem e sobe por uma eclusa de 14 metros de altura. É uma experiência muito interessante e também dá um pouco de medo. A barragem é muito larga. O rio parece calmo e o barco chega onde se junta o Tâmega e o Douro. Por esta zona, foi a tragédia da ponte que desabou pela cheia do rio. Houve mortes, e hoje fica como lembrança um monumento em forma de anjo, com duas grandes asas.
Às 14 horas, e sempre Douro acima, serve-se o almoço:
--sopa de legumes;
--carne à moda do Douro (carne dourada com arroz e salada);
--doce de abóbora com mel, café e aguardente;
A viagem continua. Passa-se uma segunda barragem com uma eclusa muito mais impresaionante: são 34 metros de altura e é verdade que dá um certo medo.
Nesta altura, é onde o Sr. Eça de Queiroz coloca o cenário da sua novela “A ciudade e as Serras”.
Pouco a pouco, começa a aparecer a vide: Socalcos escalonados do alto da montaha, até ao río, e também grandes casonas relacionadas com o vinho. Adegas centenárias que desde o século XVII preparavam o vinho que saía pelo Porto para todos os países do mundo inglês .Chama-se “o alto Douro vinhateiro e é patrimonio cultural da humanidade”
Às 17 horas, há um lanche: queijo, enchidos, azeitonas, pão..e vinho.
A navegação segue devagarinho.
Com o vinho da manhã, o vinho e os licores do almoço, e o vinho da tarde, o tempo não rende mesmo. A paisagem continua a ser impressionante. Os montes e as vinhas reflectem no rio, que parece um espelho.
Finalmente, às 18 horas o barco rende viagem em Régua.
Visita-se uma adega, e por volta das 19 horas é o retorno ao Porto de comboio.
Às 21 horas é a chegada à estação de São Bento, no Porto, para de novo voltar a Vigo de camioneta.
Em Resumo:
Saída de Vigo, as 8 horas.
Chegada ao Porto e embarque no cais do Douro, às 10 horas.
Pequeno-almoço às 10.30
Almoço, às 14 horas.
Lanche às 17.
Chegada a Régua às 18 horas com uma visita a uma adega de vinho do Porto.
Volta ao Porto de comboio, às 19 horas.
Chegada ao Porto e regresso a Vigo, por volta das 21 horas.
O preço é de 70 euros. Compreende todas as despesas da viagem, do barco e das refeições. E também um seguro de acidentes.
É aconselhável levar roupa e calçado adequados.

Juan Ausín, Básico Integrado

Visita à Feria Medieval de Caminha



A proposta que eu faço é na vila de Caminha; a maioria dos colegas já sabem dela, pela proximidade com certeza já a visitaram, é muito bonita pelas suas ruas, praças com esplanadas... Mas ainda não a visitei durante a Feria Medieval, e fica divertida em família ou com amigos.

Este ano vai decorrer de 19 a 28 julho, é a X edição, que tem como temática “Mitos e Ritos – Lendas, Crendices e Superstições”, a duraçao é de dez dias, mas podemos escolher a data que desejarmos.

No mercado medieval podemos encontrar variados tipos de artesanato pelas ruas do centro histórico, bijutaria, incensos, camisas medievais, chás, licores.....Eu acho que a nossa indumentária faz parte do divertimento pelo que é recomendável vestirmos com roupa da época. Na vila pode-se alugar ou comprar um traje nas lojas, se não têm.

No percurso da vila vamos encontrar postos com refeições, venda e demonstrações de produtos de época, pelo que jantar ou almoçar pode ser muito variado. Também há teatro, torneios a cavalo, desportos... a animação, a música, a dança e o ambiente vão fazer com que por este día não pensemos no presente.

Yolanda Oliván, Básico Integrado

PIQUENIQUE NA SERRA DA PENEDA



Eu proponho um piquenique em Lamas de Mouro na Serra da Peneda, que é Parque Nacional e que é a quinta maior elevação de Portugal. É considerado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera. É un local ótimo para desfrutar da natureza e fazer caminhadas e aproveitar as maravilhas que o tempo agradável e o ar livre podem fazer por nós. 

Data: Domingo 26 de maio
Partida: ás 9:30
Local: A frente do Gadis do Porriño.
Trasnporte: Partilhar carro.

- Cada um deve preparar uma refeição para ter bons sabores lá na montanha;
- Frutas, pão, queijo, presunto, queques, água, etc.;
- Seria bom se alguém tem grelhador e geleira;
- Também uma manta para piquenique;
- Copos e pratos descartáveis;
- Talheres, abre-latas, abre-garrafas;
- Guardanapos, sacos para o lixo;
- Seria bom também levar jogos de mesa;
- É recomendavel levar roupa de agasalho e calçado confortável;
- Cadeiras de praia;

 Depois de jantar, jogar, falar e desfrutar entre nós, podemos ir até Castro Laboreiro e descobrir monumentos, fauna, flora, tradições e experiências únicas. Também conhecer o cão de raça portuguesa. E finalmete tomar um bom café português.
 
Gissela Jaspe Marriaga, Básico Integrado

sexta-feira, 10 de maio de 2013

ENTREVISTA A ADELINO TIMÓTEO



Artista, poeta, jornalista, filósofo… Parece que a sua procura do sentir, da compreensão do mundo, passa pelo trabalho conjunto com as diferentes disciplinas (como se fosse um cidadão da antiga Grécia), em contraposição com o que a sociedade procura: pessoas profissionais, muito especializadas em matérias muito concretas, embora a realidade seja muito complexa. Considera então necessária uma compreensão conjunta, uma visão global, e um desenvolvimento integral das pessoas para seres, indivíduos contemporâneos realizados?

Adelino Timóteo: Quando era adolescente o gosto/atracção pela arte despontou em mim. Não tinha consciência de que seria cultor de diferentes disciplinas. A devoção pela arte ocorreu-me de uma forma despropositada, desinteressada. Fui praticando a pintura, a escrita de uma forma desinteressada. Havia guerra, miséria, pobreza, em Moçambique. Essas disciplinas tornaram-se um meio de evasão da realidade. A realidade moçambicana feria/fere. A realidade moçambicana embrutece o corpo. A ideia da visão global decorre da sede que sempre me norteou, do conhecimento do outro, da compreensão do outro, para ser eu próprio. O outro é o desconhecido que sempre me atraiu, com os seus mitos, os seus fantasmas. Então, pela arte, pratico a conjura. Afasto os males, exorcizo-os. Afasto os meu fantasmas para estar bem comigo e com todos os outros que me rodeiam.


É escritor, filósofo, poeta… Podemos intuir que é a sua uma poesia  filosófica: o amor, o desamor, a arte de amar, a identidade… O que é para si o Amor e qual é o segredo da arte de amar?

A.T.: Depois de termos partilhado a leitura do Mundo de Sofia, de Jostein Garden, uma amiga minha teve a ideia de construir um blogue para mim. Ela estava laminarmente obcecada com a ideia de que todo o ser humano que interroga a condição humana na vida, entre outros aspectos, é um filósofo. Ela foi entrando em contacto comigo, em conversas, pelos escritos, e assim a brincar cunhou-me de filósofo. Não é que o seja academicamente. Não é o que me preocupa, esse grau, mas como os olhos, os sentidos e o pensamento dela se relaciona  com o meu. De modo que para não magoá-la deixei assim, quando apresentou a ideia final do blogue. Portanto, creio que há nos meus poemas um diálogo filosófico com as vozes fundadoras da poesia. E isso começa com o meu segundo livro, "Viagem à Grécia através da Ilha de Moçambique". Começa com o diálogo com Sócrates, Constantino Kavafis, a aborção do legado literário grego-moçambicano, como contrapontos de origem de duas identidades pelas quais estou umbilicamente ligado. O amor tem sintonia com a filosofia, a sede do conhecimento do outro. E quanto mais amamos, infelizmente, podemos sentir a dor, o desamor, porque o amor faz a liquifação do eu, para formar uma identidade, se quiserem, colectiva, ou por assim dizer, dual (do amante e da amada).
No meu livro "Os segredos da arte de amar" eu encontrei no amor um simulacro para enunciar ao desencanto que me ia na alma, aquilo que passa no meu pai. A vantagem da poesia é essa porque anda ligada ao tempo.
O amor, para mim, é essa convivência/relação dual, pelo qual renunciamos uma parte de nós como seres que podemos ser voltados a nós mesmos, algo que se nos impõe a dar e receber. O amor é a partilha, um sentimento algo que nos sujeita a fazer bem ao outro para ganharmos, incondicionalmente, a plenitude.

Quer na sua vertente literária, quer na artística, o papel da mulher parece ter uma importância muito relevante. Descreve-se assim na sua biografia? Joga a mulher um papel importante na sua construção pessoal?

A.T.: Eu vivo para amar. É como dizia o Eugénio de Andrade, que cito de cor: "Aquele que não ama está morto". Tenho para mim que toda a vitalidade do mundo, bem assim a minha enquanto criador, está associada a mulher. A mulher é um ser esteticamente belo. E a beleza está ao serviço da literatura, que é a arte do belo, numa definição primigénia. Eu penso na mulher como sinónimo da água, ar, terra e fogo. Penso nela como artefacto destas substâncias cosmogónicas, impossível de descurar. Não é que eu seja radical, mas penso que sem a mulher não haveria a minha poesia, não haveria a minha criação. Em suma, eu nada seria, nem estaria agora a responder-vos à pergunta que me colocam. Toda a minha construção deve-se a ela, por isso depois que me premiaram pelo livro "Dos Frutos do Amor e Desamores até à Partida" decidi homenagear a mulher escrevendo um hino, uma espécie de evangelho
adventício no qual me exponho literalmente como sujeito-poético que tanto lhe preza e lhe deve certo atributo. No fim, saiu um livro que chamei "Livro Mulher".


A construção da identidade, segundo você, exige de nós essa nudez que teimosamente camuflamos. Tal como fazemos amor, nascemos todos nus. Como pode construir a própria identidade uma criança que fica com a lembrança do dia que seu pai foi levado da sua casa e nunca mais voltou? Que papel joga aí o amor?

A.T.: Um dia cheguei a uma conclusão nada abissal. Algo nada abismal. Todo o ser humano tem certa propensão para fazer amor, ainda assim menos admite. Todo o ser humano rende-se perante a beleza do nu. Portanto, isso incitou-me a escrever numa linguagem. Porque se camuflamos alguma coisa é porque no fundo, muito dentro do nosso ser, gostamos dessa coisa, vivemo-la no silêncio da nossa solidão.
A construção da minha identidade passa por um exrcício de auto-superação. No fundo, sempre quis ser uma criança normal, que brincava com as outras. A situação da criança que um dia perdeu o pai levou-me a uma profunda meditação sobre quem eu queria ser, como me relacionaria com os outros. Ganhei uma dose de penitência. Se há algo que tem a ver com o fundamento da minha identidade particular é também alguma benevolência, porque o "às" disso tudo é levar os detractores do meu pai  a regenerarem perante o mal que fizeram e, contudo, sem incorrer no erro de retribui-los na mesma medida, como na lei de talião, afastar qualquer reciprocidade de "olho por olho", "dente por dente". O amor joga o papel de redenção. Há muita coisa de que podemos redimir para nos tornarmos melhores amantes, pois se repetimos os males de outrem a violência jamais acaba no mundo. O Homem é que faz do amor um monstro. Ele está ali. Aqui. Não é belicoso. Isso não tem nada a ver com síndrome de estocolmo, mas é isso que chamamos de humanismo. Amor no sentido lato. A concórdia. Sem procurar culpas. Defeitos, ajustes de contas. Isso pode salvar o Mundo. O Animal a que o Homem se tornou, prenhe de inveja e outros males que o destroem, como o tribalismo, racismo, entre outros ismos. Eu poupo a estes semelhantes meus que me causaram dores de se verem como assassinos. Em vez disso, ajudo-os apenas a descobrirem quando e onde começaram com as falhas.

E a identidade colectiva, como se constrói a nação, o país que de repente um dia deixa de ser, tal como sucede nessa grande metáfora que é o seu livro “Nação Pária”?

A.T.: A nação constrói-se sobre os pilares do Estado de Direito. Se a um país falta esse ideal então não se chama país. Podemos nomeá-lo sítio. Lugarejo. Ou o que for que seja. Porque nação na verdadeira acepção do termo reside nos seus órgãos de soberania. Não pode se resumir num punhado de indivíduos que vivem e engordam do erário público, enquanto os súbditos definham, morrem à fome, estão na indigência. No meu país erramos quando pensamos que somos uma nação, pois, no que é verdade, apenas existiu um projecto de nação. A oligarquia que o governa capturou o projecto. Vivemos uma nação enquanto utopia. Dizem que somos todos iguais perante a lei e direitos, mas é mentira, porque num país onde se ouve dizer que somos iguais, alguns da elite política, os de sangue azul, são iguais entre si, e os pobres, os miseráveis, os desamparados, os vulneráveis, conseguem ainda serem mais iguais entre si na sua condição de colectivos deserdados.

Já tem conseguido vender e expor no Canadá, nos Estados Unidos, em muitos locais da Europa e Espanha, mas parece não ter o mesmo sucesso na Ásia. Acha que há mais proximidade com estes países e continentes do que com a Ásia? 

A.T.: Tenho uma grande afinidade cultural com a Europa e Ásia, desde miúdo. Cresci entre negros, brancos e asiáticos. Somos culturalmente um país mestiço. No que toca à Ásia é uma questão de oportunidade, pois conhecemos a vocação cultural dos europeus. Neste aspecto ocorre-me uma grande proximidade com os europeus, porque os asiáticos têm a sua costela de comerciantes, que mais lhes interessa. No ano passado recebi um convite da embaixada da Índia para um festival de poesia que irá ocorrer lá. Tenho para mim que a Ásia é mágica e misteriosa. Vamos ver o que se passará adiante.

Do seu ponto de vista, quais são os contributos da FRELIMO para a construção da identidade moçambicana?

A.T: Primeiro foi a definição da língua portuguesa como língua da unidade nacional, depois o hipotético combate à ideia da tribo, ao racismo. Isso permitiu termos um país quase homogêneo. Há casamentos inter-culturais e inter-raciais, como não havia há 39 anos. É normal hoje a qualquer um frequentar restaurantes, bares, clubes. No passado era diferente. Havia machimbombos -autocarros, para brancos, e os pretos sentavam-se nos últimos assentos. Felizmente, cada um é livre de conviver com quem quiser.

A sua obra, quer como artista, quer como escritor, tem sido reconhecida e premiada internacionalmente, mais é incompreensivelmente silenciado pela crítica em Moçambique, porquê? Considera-se profeta na sua terra? 

A.T.: A crítica literária segue a cartilha, os clichés do partido no poder. Hoje, todo o crítico literário é professor numa universidade pública, onde ganha um ordenado razoável para viver, e tem um carro, alguns carros de afectação, porque pertencem ao Estado. E ali, quem está disposto a por em jogo as regalias, os privilégios em prol de quem até foi filho de um reacionário, um traidor da pátria, como nos catalogavam há vinte anos? Ninguém. Por isso, modelo muito as relações pessoais e mesmo com os críticos. Não espero muito sobre aquilo que elas podem resultar. Sempre vivi com pouco. Sempre me satisfiz com o pouco. Tenho plena consciência desta hostilidade, pois quase nunca encontrei muita gente disposta a prefaciar-me um livro, à excepção de duas ou três pessoas. Para contornar este bloqueio, há três anos tive que recorrer a uma estudiosa brasileira. E o resultado foi aquele 'boom' de "Dos Frutos do Amor": em Moçambique nunca nenhum livro de poesia foi mediatizado como este.  

A Galiza também corre o risco de não ser: perde a língua própria, os costumes, a cultura e agora mesmo as empresas. O que diria aos habitantes da Galiza para eles não deixarem de ser galegos?

A.T.: A língua é o espelho da cultura de um povo. Os galegos devem começar por comunicar-se em galego, veículo de cumplicidades, usos e costumes. Só a língua é que permite o milagre, a benevolência e a estratégia de um galego comum conhecer o outro. De contrário, o galego pode estar condenado a ser uma língua morta, à semelhança do latim. Ora, se morre o galego, a nação galega desaparecerá. Mas para que isso não se passe a união é fundamental. É fundamental a preservação do vínculo de cidadania entre galegos. A globalização, que data do avento das descobertas, fez desaparecer muitas nações índias na América latina.  E os galegos têm que se questionar quem foram e o que pretenderão ser no futuro, sob o perigo de serem engolidos. Fico-me com estas palavras sábias e proverbiais: "As formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a sua comida; os coelhos são um povo débil, contudo fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos enfileirados; a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis”. E são palavras bíblicas, não obstante, de uma actualidade impressionante.

(Entrevista realizada pela turma do FOR - B2. Obrigada à Cristina del Río, María Diéguez e Xela Cabaleiro)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Violência nas escolas e suas consequências

Enquanto estudantes de português na Escola Oficial de Idiomas de Vigo, ficamos surpreendidas pelo aumento da agressividade escolar nos últimos anos. Achamos muito interessante o artigo intitulado “Projeto pioneiro em Portugal investiga violência escolar. A escola agressiva”, uma vez que mostra a realidade que sofrem as crianças nomeadamente na escola primária.

As consequências da violência escolar refletem-se no comportamento social e na vida adulta. Entre outras, falta de auto-estima, problemas de conduta, de relação, infelicidade, isolamento, consequências na vida pessoal, agressividade e todo o tipo de comportamentos anti-sociais.

É imprescindível garantir a formação dos quadros educativos para encarar e resolver conflitos deste teor. Devemos aprofundar mais na necessidade de levar a cabo este tipo de ações formativas específicas orientadas designadamente à faixa etária compreendida entre os 3 e os 10 anos, uma vez que a efetividade destas medidas tem sido demonstrada noutros países.

Sugerimos a criação de foros e meios de troca entre diferentes países de forma a partilhar experiências, informação e conhecimentos que permitam resolver estes problemas de maneira eficaz.

Finalmente, queremos frisar a necessidade de continuar com este labor para diminuir estas situações, e apelar para o envolvimento das autoridades da tutela neste assunto que concerne toda a sociedade.

Recomendações para pais e mães de hoje


AMA OS SEUS FILHOS?

ENTÃO...


  • Faça com que o seu filho coma de tudo;
  • Ponha um limite às horas de televisão e computador;
  • Deixe que o seu filho escolha os seus amigos;
  • Deixe o seu filho tornar-se autónomo mas sem deixar de se interessar por aquilo que ele faz;
  • Ensine ao seu filho o respeito pelos outros;
  • Transmita ao seu filho maneiras educadas como cumprimentar, agradecer, pedir por favor...;
  • Fomente a criatividade construtiva, a frequência de atividades que o seu filho goste (desportos, artes...);
  • Argumente ou explique as razões das suas escolhas;
  • Ensine o seu filho a tolerar a frustração: é importante saber aceitar as circunstâncias quando não as podemos mudar;

    Estas recomendações foram feitas pelas alunas da turma do Intermédio Integrado a partir da leitura do post PAIS MAUS